sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Discurso de um mundo perfeito: A Universidade


Acabei de chegar e logo encontro um velho amigo que esperava-me na entrada.  Niil, era um homem desprovido de fé, mas bem realístico. Enquanto andávamos pelas “ruas” da Universidade, ele me mostrava o que havia no interior da matéria, e não o que se ver quando se está sentimentalmente “feliz” com aquela coisa que é necessária a todos os homens, a ilusão.
Logo depois, enquanto me despedia do meu velho amigo Niil, percebi a realidade por si mesma. Eu vi uma gigantesca máquina de modelagem, modelando objetos da mesma natureza. Essa máquina era subordinada a um Sistema maior que necessitava desses objetos e que eram controlados por um certo senhor conhecido como “mercado”; um senhor muito rígido e autoritário, do qual já tinha ouvido falar. A gigantesca máquina modelava os objetos, imprimindo neles um certo conhecimento utilitário, onde quem melhor fazia uso desse conhecimento, poderia ser selecionado por aquele certo senhor. Uma vez selecionados, os objetos eram levados ao Sistema, encaixados nos espaços reservados para eles, e com isso eles mantinham o Sistema em funcionamento, pois as velhas engrenagens eram substituídas umas pelas outras de tempo em tempo, devido ao desgaste.

Algum tempo depois, fui informado que aquele velho amigo foi preso, julgado pelo Sistema e sentenciado a morte existencial, simplesmente por uma razão: ele possuía um espírito livre. (Ian)

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